quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Uma travessia de risco a cada minuto perto da Rodoviária










Em apenas uma hora (10h às 11h), cerca de 60 pessoas desrespeitaram os limites.
Mesmo com a presença ostensiva de agentes de fiscalização de trânsito e da Guarda Municipal, além de soldados da Brigada Militar, e apesar das placas de sinalização e dos gradis que conduzem a uma travessia segura pelo túnel da Trensurb, aberto 24 horas, continuam as ações imprudentes cometidas por pedestres, que protagonizam uma verdadeira “roleta-russa” na circulação perto da Estação Rodoviária.

Somente na manhã desta terça-feira, 6, em apenas uma hora (10h às 11h), cerca de 60 pessoas teimaram em desrespeitar os limites, com travessias arriscadas entre veículos, colocando em risco suas vidas e de seus familiares, inclusive crianças.

O agente de fiscalização de trânsito da EPTC junto à Rodoviária, Diego Salamoni, ao lado do colega Everaldo Duarte, trabalha com orientações aos pedestres e ficou espantado com a imprudência. “Muitas pessoas recebem bem as orientações para a travessia segura, em razão da interdição da passarela após o acidente com o caminhão, mas muitos não querem nem saber, passam mesmo, não respeitam os tapumes, os gradis, e atravessam. É impressionante o tamanho da imprudência”.

Segundo o coordenador do Posto de Controle Avançado Centro (PCA) da EPTC, Rodrigo Baum, nestes últimos anos ele chegou a receber ameaças por tentar convencer os pedestres a utilizar a passarela. “A gente faz de tudo para alertar sobre os riscos. Muitos ficam bravos, nos ameaçam e atravessam no meio dos carros”. 

A EPTC tem sido questionada sobre a possibilidade de aplicar multa aos pedestres imprudentes, que colocam suas vidas em risco e também ameaçam a integridade dos outros. “O Código de Trânsito Brasileiro não possibilita essa medida, pois o artigo não foi regulamentado pelo Contran. Mas, além das ações de segurança, como a colocação dos gradis e a presença dos agentes, vamos continuar priorizando a orientação, com a expectativa de que mude este comportamento inadequado.”

Heuse Schneider, doméstica, natural de Montenegro, vem duas vezes por semana a Porto Alegre. Desce de ônibus na Rodoviária e faz a travessia. “Mas no lugar certo”, afirma. Ela tem sua explicação para a imprudência. “Parece que muitas pessoas vivem com pressa, até para morrer. Só pode ser isto”, diz.

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