terça-feira, 28 de junho de 2011

Os cruzamentos para alguns, um tormento!

A vivência do nosso cotidiano no trânsito é simples, objetiva e direta. Os dados estatísticos apontam que, nos centros urbanos, acidentes em cruzamentos acontecem onde há sinalização, então alguém não respeitou a regra, placa de parada obrigatória, que significa PARE e não reduzir a velocidade, ou o sinal vermelho do semáforo. E onde não há sinalização viária, também tem regras, que é a preferência de quem vem à direita em cruzamentos não sinalizados. O preceito do Artigo 44 da lei 9.503/97 do Código de Trânsito Brasileiro diz: “Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência”. Assim respeitando regras como essa teremos sim um trânsito com mais educação, gentileza e cortesia.
Até quando ficaremos responsabilizando os outros por nossas atitudes erradas no trânsito? Ou continuaremos com aquele pensamento saudosista dos anos oitenta, em que vivíamos reclamando de tudo e colocando a culpa no governo pelo o que acontecia. 
Nos dias de hoje não é mais possível que situações bárbaras continuem nos assombrando e levando a uma verdadeira carnificina no trânsito, em que estimativas da ONU informam que cerca de 1.300.000 pessoas perdem suas vidas nas vias públicas, em nível mundial. O Brasil que ocupa o 5° lugar contribui para esta triste estatística, pois registra-se um óbito, em média, a cada 10 minutos nos deslocamentos diários. Vítimas essas que têm nome, sobrenome e que muitas vezes deixam famílias desamparadas e desestruturadas. Um exemplo dessa realidade é que em Porto Alegre os motociclistas representam cerca de 10% da frota de veículos e correspondem a quase 50% das mortes no município. Vamos continuar colaborando para essa estatística ou vamos assumir a nossa responsabilidade por um trânsito mais humano e mais seguro?
A decisão é sua!

Juranês Guimarães de Castro Junior
Agente de trânsito mat. 4146
Equipe de Educação para o Trânsito

Um comentário:

  1. É isso mesmo Juranês, eu também me pergunto até quando. O trabalho de educação feito pela equipe da EPTC é fundamental, mas todos nós que trabalhamos que educação sabemos que os resultados são para longo prazo, e acada dia que passa pessoas morrem em nossas ruas, sem falar na poluição do ar, barulho e a fortuna que é gasta para infraestrutura.
    Assim soluções de médio e curto prazo podem e devem ser tomadas pelos governos como exemplo eu indico a leitura de um artigo sobre o que está sendo feito na UE:
    http://vadebici.wordpress.com/2011/06/28/atormentar-motorista-e-politica-publica-na-ue/

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